31/05/2010 - Desde 1994 era assim: Ronaldo estava na lista dos convocados. Há mais de 15 anos que a camisa 9 da seleção brasileira era reconhecida no mundo inteiro como a imagem de um fenômeno dentuço e carismático. A era Ronaldo acabou oficialmente.
Sim, já havia acabado. É verdade. Mas no dia do anúncio da lista dos 23 escolhidos por Dunga foi colocado oficialmente o ponto final na vitoriosa e recordista carreira de Ronaldo com a camisa 9 da seleção brasileira.
Camisa 9 que tem novo dono, camisa 9 que tem novo (quase) ídolo, camisa 9 que é um dos poucos do time com carisma para inflamar a torcida: nao a toa é o garoto-propaganda da fabicante de bebidas que durante anos faturou com o indicador de Ronaldo.
Guerreiro: é assim que Luis Fabiano se firmou na posição cujo dono anterior parece ser insuperável.
"Ronaldo é meu ídolo. Ronaldo tem uma história na seleção e no futebol como um todo. Eu quero construir a minha e vou fazer tudo que eu puder para ajudar a seleção e meus companheiros", falou (bem alinhadamente, como é facilmente notável) o atacante.
Sempre decisivo desde que assumiu a camisa "vaga" (Afonso Alves, Vagner Love, Hulk e companhia dispensaram suas chances). Assumiu com competência futebolística e com consciência de que para ser o dono da 9 ele precisava dar uma "amenizada" no jeito Luis Fabiano de ser para conquistar Dunga: e o fez com habilidade.
Cumpriu todos os rituais, fez-se de humilde, fez sempre questão de dizer-se emocionado com as convocações e mais do que nunca mostrou-se patriota. "Sou mais um brasileiro que quer muito o titulo."
Não, Luis Fabiano: você é um dos poucos brasileiros capazes de nos dar esse titulo. Seja "patriota"! Com ou sem bola sobrenatural. Pelo seu avô (sempre por ele lembrado e homenageado) e por nós.
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