Ausente nas listas de Mano, Luis Fabiano espera pegar a Argentina
- setembro 02, 2010
- By Pâmela Sensato
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02/09/2010 - Luis Fabiano não aparentava ansiedade no dia 11 de maio. Ele era dado como presença certa na convocação de Dunga para a Copa do Mundo da África do Sul, o que acabou se consumando sem surpresas. Gols, muitos deles decisivos, o colocaram como titular incontestável da Seleção Brasileira.
O cenário mudou com a chegada de Mano Menezes. Fabuloso foi ausência nas duas primeiras listas do treinador, que até agora só chamou cinco jogadores da fracassada campanha no Mundial (Gomes, Daniel Alves, Thiago Silva, Ramires e Robinho). Não tem problema. Tranquilo após a renovação de contrato com o Sevilla até 2013, o atacante quer mesmo é estar presente na próxima convocação. O motivo especial atende pelo nome: Argentina.
– São jogos que nenhum jogador quer ficar de fora – disse, em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.
Luis Fabiano se refere aos amistosos contra os hermanos marcados para o dia 17 de novembro, em Doha, no Qatar, e o de 19 de dezembro, confirmado pela Fifa, que marcará a inauguração do estádio Ciudad de La Plata. Afinal, jogar contra a Argentina parece não ser problema para o atacante, que se tornou o último carrasco do clássico ao marcar duas vezes na vitória em Rosário, há um ano.
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
GLOBOESPORTE.COM: Você está no Sevilla desde 2005. Permaneceu para se tornar ainda mais ídolo ou por falta de opção de um gigante europeu?
LUIS FABIANO: Renovei porque já estou há muito tempo no clube, gosto da cidade, estou adaptado, minha família também adora aqui. E foram grandes momentos que passei no Sevilla. É um time que não está ao nível de Real Madrid e Barcelona, mas está aí sempre brigando por algumas coisas. Eu também tive muitas propostas e não aceitei, pus tudo na balança e decidi ficar. Poderia ir para o Tottenham, Schalke, Fenerbahçe e Olympique de Marselha. Outros clubes também ligaram e manteram contato, sem fazer proposta concreta. O Sevilla estava pedindo um valor que eles achavam o justo, mas se eu quisesse mesmo sair eles me liberariam.
Não foi a campo sábado por esta indefinição? Agora pode ter certeza de que vai completar 200 partidas e também poder chegar aos 100 gols (está com 95) com a camisa do Sevilla?
Na verdade eu conversei com treinador, estava sentindo algumas dores musculares, e como existia ainda a possibilidade de transferência, a gente optou por não começar. Tenho agora mais dois anos de contrato, meu objetivo é tentar chegar aos 100 gols e depois entrar entre os três maiores artilheiros da historia do clube. Esse é meu objetivo pessoal. Depois, seguir ajudando o Sevilla a ir para a Champions, conquistar títulos na temporada, como foi no ano passado com a Copa do Rei. Quero conseguir ainda dar minha contribuição com os golzinhos.
Ainda não foi convocado para a Seleção após a Copa. Isso te preocupa? Ou o Mano já falou com você e comunicou que estaria de volta ao grupo em breve?
Depois de uma Copa do Mundo onde não se alcançou o objetivo sempre vai existir renovação, isso é normal, até porque alguns jogadores têm certa idade, e o treinador novo vai querer fazer a tal reformulação. Ele não me ligou, nunca tive contato com ele, mas com certeza eu estarei fazendo o meu trabalho aqui pra se voltar à Seleção. Mas é uma opção do treinador, que tem na cabeça aqueles jogadores que ele conta. Eu vou continuar fazendo o que vinha fazendo, até porque na própria Seleção nos últimos anos tive momentos muito bons. Infelizmente não foi a Copa que esperávamos, mas eu era um cara tido como titular, e sempre há esperança de voltar e ficar em evidencia de novo.
É bom voltar logo, então, já que teremos dois amistosos contra a Argentina no fim do ano? E no ano que vem é Copa América lá. Você não vai querer ficar de fora...
(Risos). São jogos que nenhum jogador quer ficar de fora. Mas, como disse, o treinador tem algumas preferências, e vou esperar com tranquilidade as próximas convocações até o fim do ano. Aquele jogo em Rosário foi onde carimbei o meu passaporte para a África. Tenho uma lembrança muito boa daquele 3 a 1, lá dentro, num jogo que envolveu muita coisa: polêmica, provocação, até mudaram a partida de lugar. Tudo isso fez com que o jogo fosse mais bonito, é uma rivalidade espetacular que existe entre Brasil e Argentina, e agora tenho isso na minha memória. Fazer dois gols lá e calar milhares de argentinos foi bonito.
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Saudações Fabianistas*
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