Dunga: De olho em Kaká e Luis Fabiano

22/05/2010 - Dunga vai falar com a imprensa, dar as mesmas respostas para perguntas iguais, o que faz parte do show, mas é sobre dois jogadores que estarão as atenções de todos. Pela graça dos deuses da bola, dois dos mais importantes para a Seleção Brasileira na luta pelo hexa. Se não os mais importantes. Kaká, visto como o melhor entre todos. Jogador de criação e de decisão. E Luís Fabiano, homem de definição, força e raça, presença na área, terror das defesas.

Os dois atuam no futebol espanhol, chegaram recuperando-se de contusões e não estiveram em campo nos últimos jogos de seus times: Kaká pelo Real Madrid, e Luís Fabiano pelo Sevilla. Ambos reclamam de distensão na coxa, tipo de lesão que exige muito cuidado e tempo. Voltar sem que estejam totalmente curadas pode agravar a contusão e aumentar o tempo de recuperação.

Cientes da situação delicada, os dois viajaram para o Brasil logo que puderam e procuraram o fisioterapeuta Luiz Rosan, no Centro de Treinamento do São Paulo, buscando aproveitar todo tempo possível para apressar a cura. Kaká, que entre os dois parece merecer atenção maior, antecipou também sua apresentação em Curitiba, chegando à cidade nesta quinta-feira no início da tarde, na companhia de Rosan.

Há tempo para que Kaká e Fabiano se recuperem – faltam 26 dias até a estreia do Brasil contra a Coreia do Norte, em 15 de junho -, mas não há tempo a perder. O time que chega à final em uma Copa joga apenas sete partidas e seus jogadores precisam estar 100% física e tecnicamente.

Ninguém imagina uma mudança na relação dos 23 enviada à Fifa, e é certo que Kaká e Fabiano continuarão na África o trabalho de recuperação iniciado em São Paulo e que prosseguirão em Curitiba. São jogadores da maior importância no esquema de Dunga, que só os liberaria em última instância, esgotados todos os recursos.

Jogadores já chegaram à seleção para disputar uma Copa fora de condições plenas ou se lesionaram nos primeiros treinamentos e exigiram decisões corajosas e contestadas. Em 1974, Clodoaldo foi desligado da delegação quando ela já estava na Alemanha, o mesmo acontecendo com Romário no Mundial da França.

Diferente do que fizeram com Reinaldo, na Copa da Argentina, em 1978, e com Zico, na do México, em 1986. Para tentar recuperar Reinaldo, com os joelhos estourados, e fazer uma manutenção nos intervalos de um jogo para outro, levaram uma enorme parafernália para Mar Del Plata. E mantiveram Zico isolado nas concentrações, sem treinar, passando horas e horas nas salas de fisioterapia. Reinaldo e Zico escaparam da degola, foram para a luta, mas longe da forma ideal para uma competição curta como uma Copa.

Os médicos e os próprios jogadores garantem que as lesões de Kaká e Fabiano, mais a do atacante do Sevilla, estão sob controle e que ambos estarão plenamente recuperados na hora decisiva. É o que Dunga e os torcedores esperam, mas sempre, até lá, ficará essa pontinha de dúvida.

São dois jogadores, vale repetir, importantíssimos no esquema da Seleção e a falta de um deles, como o próprio Dunga admite e todos sabem, o obrigará a mudar um pouco a forma de o time atuar. Grafite, ao contrário do que seria Adriano, não desempenha papel igual ao de Fabiano. E maiores mudanças seriam necessárias se Kaká eventualmente ficar de fora. O risco é visto como pequeno, mas não pode ser desprezado. Por isso hoje, enquanto Dunga estiver falando, as atenções estarão voltadas para Kaká e Luís Fabiano. Hoje e até a bola rolar na Copa.

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1 comentários

  1. Tá mtooo chiquetosa essa minha amiga. Parabéééns!!! Amo você Ari... E sucessooo ao Fabuloso. Rumo ao Hexa!

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