O presidente Juvenal Juvêncio não esconde sua admiração por Dunga, tanto que tentou trazê-lo após a Copa do Mundo de 2010, e o nome do ex-técnico da Seleção agrada a Luis Fabiano. O centroavante, porém, também faz votos pela permanência do coordenador técnico Milton Cruz, que, como interino ao lado do então preparador de goleiros Roberto Rojas, levou o São Paulo à Libertadores em 2003.

“Sempre que o Milton assumiu, ganhou jogos. Até brincamos que ele está invicto e espero que continue por muitos jogos. Tive uma experiência muito boa com o Milton em 2003, quando ele e o Rojas assumiram o time com menos qualidade do que o de agora e nos levaram à Libertadores depois de dez anos”, opinou o atacante sobre Milton que, sozinho como técnico interino, tem cinco vitórias, cinco derrotas e seis empates.

O coordenador acompanhou a entrevista coletiva do camisa 9 e, ao ouvir os elogios, entoou o cântico “Luis Fabiano” e prometeu, em tom de brincadeira, cobrar um aumentou salarial. “O Milton sabe conduzir, tem muita experiência e com certeza vai muito bem. Se ficar até o final do ano, com certeza vai nos levar à Libertadores. Confio muito nele”, prosseguiu o atleta.
O próprio Milton, contudo, não deseja ser efetivado no cargo. Neste caso, Dunga é bem-vindo para dirigentes e para Luis Fabiano. “O Dunga teve a missão mais difícil do mundo, que é ser treinador da Seleção Brasileira. Se ele conseguiu bons resultados, com certeza teria condições de assumir um clube como o São Paulo”, opinou o artilheiro - o empecilho seria a intenção do ex-comandante da Seleção em iniciar um trabalho no início de uma temporada.

A definição do substituto de Emerson Leão, entretanto, deve demorar. O vice-presidente de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, definiu como “quase impossível” a contratação de um técnico até sábado e garantiu que nenhuma negociação foi iniciada. “Ainda tenho discutido muito alguns perfis com o Juvenal”, contou.

Luis Fabiano só deseja ser comandado por alguém de currículo cheio de vitórias. “Eu gostaria que chegasse um treinador vencedor. Neste momento, precisamos nos encontrar e um treinador experiente seria importante para darmos uma arrancada e a volta por cima”, afirmou.

O capitão, no entanto, avisa seus colegas: a mudança precisa ser na mentalidade. “O que precisa mudar mesmo é a responsabilidade. Indiretamente, temos culpa na demissão do treinador porque somos nós que entramos em campo e jogamos. O treinador caiu porque o resultado não chegou e é sempre nele que estoura primeiro. Já é a terceira vez que acontece isso desde que cheguei”, disse Luis Fabiano, contratado em março de 2011 e já comandado no clube por Paulo César Carpegiani, Adilson Batista e Leão.

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Saudações Fabianistas*