Louco para voltar, Luis Fabiano diz: 'A Seleção sempre teve um 9'


Seleção Brasileira enfrenta o Paraguai neste domingo, às 16h, na Argentina, por uma vaga na semifinal da Copa América, sem um centroavante de ofício. Formação que, por ora, Mano Menezes não abre mão. Pelo menos até a recuperação de Luis Fabiano, camisa 9 do Brasil na última Copa do Mundo, na África do Sul.
Pois se depender da vontade do atacante, , de 30 anos, maior contratação da história do São Paulo e afastado dos gramados por uma lesão na coxa direita desde março deste ano, logo mais a Amarelinha terá um camisa 9 de verdade.

– A Seleção sempre jogou com um camisa 9 e sempre vai jogar, independentemente de ser eu ou outro. Vai pintar outros ou, de repente, eu volte, não sei – disse o Fabuloso, que atendeu a reportagem do LANCENET! no CT do São Paulo para uma entrevista exclusiva.

A incerteza quanto ao futuro na Seleção não se reflete quando o assunto é o Tricolor, que o repatriou em março deste ano, com o valor R$ 17,5 milhões a serem pagos ao Sevilla (ESP) em dois anos.

Mesmo sem estipular um prazo para voltar, após ter duas tentativas abortadas e que trouxeram frustração, ele garante que o retorno está próximo e que vai brigar pela artilharia do Brasileirão. Assim, vai contribuir para o São Paulo se tornar a potência da competição, na qual está na terceira colocação atualmente. Confira abaixo a entrevista em que Fabuloso fala do drama da lesão, de Copa no Brasil e de sua mudança comportamental pós-Europa:

LANCENET: Como analisa o momento atual da Seleção Brasileira?Luís Fabiano: Momento de transição é complicado. Novo grupo, novo time. Tem de ter um pouco de paciência com os meninos que chegaram agora.

L!: Falta um 9 como você?L.F.: A Seleção sempre jogou com um camisa 9 e sempre vai jogar, independentemente de ser eu ou outro. Vai pintar outros ou, de repente, eu volte, não sei . O camisa 9 é aquele que está para fazer o gol. Ponto.

L!: A ausência de um jogador assim está prejudicando o Mano?L.F.: É transição, entrosamento. Tem de ter paciência, não tem jeito.

L!: Você estava 100% na Copa do Mundo da África?L.F.: Fisicamente, tive momentos melhores. Fui totalmente recuperado de uma lesão, sem dor nenhuma. Tinha condições de jogar. Mas queria chegar em um momento diferente, como em 2007 e 2008, que eu estava voando. Mas fui bem.

L!: O que acha de o Brasil sediar a Copa do Mundo?L.F.: É um evento fantástico, nunca vi coisa igual. Gostaria somente que o Brasil fizesse uma Copa digna. Pelo que vi na África do Sul, as condições são piores do que no Brasil e fizeram uma Copa excelente, com estádios excelentes, transporte excelente. O Brasil não pode fazer uma Copa pior do que a da África do Sul, pelo amor de Deus.

L!: Como está vendo essa volta de ídolos ao Brasil?L.F.: É um risco que decidi encarar, me preparava para encarar e espero que consiga dar sequência ao que fiz antes. Se tiver uma passagem abaixo do esperado, não vai ser mais lembrada a outra, só a ruim. Mas, se eu conseguir sequência, posso me tornar um dos grandes nomes da história do São Paulo.

L!: O que mudou em você nesse tempo fora do país?L.F.: Nem se compara àquele de 21 anos. Dentro e fora de campo. Aprendi a jogar taticamente. No Brasil, o atacante só joga com a bola no pé, não marca, não luta. Meu temperamento era explosivo, reclamava muito, era nervoso. Hoje em dia sei levar coisas que não sabia levar. Sou outro jogador.

L!: Em 2003, em uma partida contra o River Plate (ARG), pela Sul-Americana, você se envolveu em uma confusão (acertou uma voadora em um argentino) e, depois do jogo, disse que preferia ser expulso entrando na briga do que não fazer e ficar para as cobranças de pênaltis. Ainda pensa assim?L.F.: Aconteceram algumas brigas no Sevilla e fiquei fora. Não entrando na briga, não seria expulso e não teria de dar a entrevista. Sinceramente, eu se precisar ajudar um companheiro, ajudo. Obviamente, hoje não entraria na briga e bateria o pênalti, sem dúvida.

L!: Como analisa esse momento atual do São Paulo?L.F.: Difícil. Quando sai um treinador, não é legal para o grupo. Teremos uma fase de adaptação, é complicado porque os outros times já vem bem, como o Corinthians. Mas acredito muito nesse grupo jovem e vim para conquistar títulos. Espero que chegue um técnico bom (São Paulo contratou ontem Adilson Batista, veja na página 8), que saiba trabalhar com os jovens. Que consiga tirar o máximo de cada jogador. Se fizer isso, vamos ser a grande potência do futebol brasileiro.

L!: Acha que ainda pode brigar pelo artilharia do Brasileirão?L.F.: Vou ter de correr atrás. Depende de como vou voltar, das minhas condições. Sempre vai haver briga, a diferença é a qualidade do atacante. Passaram-se várias rodadas, mas acho que dá tempo, sim.

L!: Como tem sido o período de recuperação?L.F.: Estou praticamente morando no CT. Chego de manhã e saio à noite. Treino de sábado e, às vezes, domingo de manhã. Não estou tendo tempo para fazer as coisas que gosto. Está sendo muito duro. São quatro meses sem poder jogar nem a peladinha com os amigos barrigudos.

L!: Não imaginava isto?L.F.: Acreditava que iria recuperar rápido. A expectativa era essa. Estava tranquilo, mas, após a cirurgia, tive de ter força mental. A operação operar foi o momento mais duro.

L!: Quem tomou a decisão da cirurgia?L.F.: Foi em conjunto, realmente não estava aguentando. Sentia uma dor insuportável. O médico me falou: "quer por um ponto final nisso?" Falei: "Vamos". Chegou ao limite.

L!: Continua sentindo dor?L.F.: A dor nunca sumiu totalmente até a operação. Agora, estou totalmente recuperado, parece que nunca tive nada. Fiquei feliz.

L!: Em que fase está a recuperação agora?L.F.: Estou fazendo fortalecimento do tendão para não correr riscos. Já estou na fase final do protocolo, sem problema nenhum. Acabando isso, vou voltar a treinar.

L!: Tem previsão de volta?L.F.: Antes de operar, eu fazia muito isso. Estipulava um jogo para voltar. Mas aí foi uma decepção atrás da outra, acabei não jogando, operando. De repente, se a perna ficar forte, eu fizer um teste e der tudo bem, estarei pronto para jogar.

L!: Tem medo de sentir de novo depois que voltar?L.F.: Tenho certeza de que não vai acontecer porque meu caso é diferente de joelho. É uma coisa muito simples e vou voltar 100%.

L!: Pediu ajuda ao psiquiatra do São Paulo, Franklin Ribeiro?L.F.: Não. Às vezes, a força é tirada dos colegas, família, torcida. E pensar que um dia vai acabar porque senão só vem besteira na cabeça.

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1 comentários

  1. O TÉCNICO PARA O SAMPA DEVERIA SER DUNGA !!!!!

    Oi Luis , tudo bem com você ?
    Olha cara, todos nós aqui, estávamos crentes que o Novo Técnico do São Paulo seria Dunga .
    Porque o São Paulo não fechou com Dunga ?
    Luis, desculpe, mas esta diretoria nos últimos anos estar vacilando e muito .
    Primeiro por contratar argentinos, segundo porque deixa de contratar um técnico vencedor que é Dunga .
    Sei que parte da Imprensa não gosta de Dunga porque Dunga barrou os privilégios da Globo junto a seleção , e não colocava em campo os jogadores que a imprensa queria .
    Sei que a imprensa protege Mano Menezes, porque Mano é benevolente e faz tudo que Galvão e a Globo manda.
    A seleção de Mano, é uma seleção de meninas que tem medo de botar a perna nas divididas, é uma seleção sem personalidade , sem garra e sem raça.
    Dunga quando técnico da seleção ganhou tudo com direito a humilhar os argentinos , apenas perdeu um jogo na Copa do Mundo, Mas como foi copa do mundo, ai o sacrificam esquecendo tudo que ele tinha feito anteriormente como convincente vencedor.
    Luis, sinceramente, o Sampa vacilou e muito por não ter contratado Dunga, e vai se arrepender por ter deixado de contratar um técnico convincente que sabe trabalhar e que sabe fazer de um grupo , vencedor .

    Abraços,

    Nikacio Lemos
    Club dos amigos da Bola

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